Material para o professor

    Sobre o livro

    A ação de Triste fim de Policarpo Quaresma transcorre no final do século XIX, época da chamada Primeira República, e a figura central do romance é o major reformado Policarpo Quaresma, um nacionalista fanático que, conhecendo o Brasil apenas por intermédio dos livros, sonha em poder ajudar o país a se transformar numa grande potência. Seu patriotismo exagerado leva-o a envolver-se em três projetos, que constituem o conteúdo das três partes em que se divide o livro. Inicialmente, Quaresma mergulha no estudo das tradições brasileiras. Estuda violão com Ricardo Coração dos Outros, um compositor de modinhas populares que, para o major, eram a nossa autêntica expressão musical. Dedica-se também à pesquisa do nosso folclore e ao estudo da língua tupi e dos costumes dos nossos indígenas. Obcecado por essas ideias, chega a fazer um requerimento à Câmara pedindo a oficialização do tupi como língua nacional. Tal ato o torna objeto de chacota e ele passa a ser ridicularizado na repartição onde trabalha e nos jornais. Quaresma fica tão abalado por essas ofensas que acaba sendo internado num hospital para doentes mentais, de onde sai para dedicar-se a outro projeto nacionalista: o trabalho agrícola. Compra o Sítio Sossego e resolve pôr em prática as orientações científicas que encontrava nos livros. Mas as terras não se revelam tão férteis como diziam os livros, as pragas são terríveis, há muitas dificuldades na comercialização dos produtos - enfim, nada que compense o grande sacrifício do trabalho no campo. Apesar da enorme extensão territorial, o Brasil não se desenvolve como potência agrícola e Quaresma começa a perceber que o problema, na verdade, está na corrupção dos políticos, que não fazem leis que ajudem esse desenvolvimento. Dedica-se, então, a seu terceiro projeto: a reforma política. A oportunidade para isso surge por ocasião da Revolta da Armada. Quaresma vai ao Rio de Janeiro, engaja-se voluntariamente nas tropas do marechal Floriano Peixoto e luta pelos ideais republicanos. Vê em Floriano o reformador enérgico e patriota que sonhara e entrega-lhe um documento em que expõe seus planos de salvação do país. Mas o marechal responde-lhe secamente: "Você, Quaresma, é um visionário...". Desilude-se mais uma vez. Compreende então que não há patriotismo, e que os governantes só estão preocupados com seus interesses pessoais. Ao denunciar as atrocidades cometidas contra os prisioneiros, acaba sendo preso pelo mesmo governo ao qual se aliou voluntariamente. Na prisão, espera seu "triste fim".

    Conheça mais

    Detalhes da obra

    • Moderna Literatura
    • ISBN 9788516099763
    • Código do produto: 12099763
    • Indicação 3º Ano (EM), 2º Ano (EM), 1º Ano (EM),
    • Nível de leitura Crítico
    • Tema complementar Ética,
    • Tipo de obra Ficção
    • Faixa etária A partir de 15 anos
    • Ano da última edição do livro 2015

    Dados técnicos

    • Formato Impresso
    • Dimensões do produto 16 x 23 x 1.4
    • Número de páginas 248

    Leitura indicada para:

    Vereda Digital

    Moderna Plus 2016

    Sobre os autores

    Douglas Tufano

    Douglas Tufano nasceu em São Paulo. É formado em Letras e Pedagogia pela USP. Foi professor efetivo da rede oficial de ensino de São Paulo e trabalhou também em escolas particulares, tendo lecionado Português, Literatura Brasileira e História da Arte. Atualmente, ministra cursos de capacitação para professores de todo o Brasil a convite de Secretarias de Educação e instituições particulares de ensino. É autor de vários livros didáticos e paradidáticos, publicados pela Editora Moderna.

    Lima Barreto

    Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro, em 1881, e aí faleceu em 1922. Cursou Engenharia e ingressou na Secretaria da Guerra, onde trabalhou como escrevente. Em 1905, começou a colaborar na imprensa carioca. Por diversos problemas de saúde, Lima Barreto entrou em licenças de trabalho, sendo internado algumas vezes. Publicou seu primeiro romance em 1909, e em agosto de 1911 o "Jornal do Commercio" iniciou a publicação, em folhetins, de "Triste fim de Policarpo Quaresma".